Poeta do testemunho... da problematização da sociedade...e de belíssimos escritos.

Poeta do testemunho... da problematização da sociedade...e de belíssimos escritos.
Jorge de Sena (1919-1978)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O fim de uma década...

...é uma data importante, tempo e oportunidade de rever e avaliar para planejar o futuro, próximo e distante. E aí há vários recortes a se fazer.
Li esta semana a revista época, sobre os anos 00. Um balanço abrangente, embora raso, mas é uma revista semanal e é da globo. No entanto, levanta reflexões interessantes. Ficarei com as preocupações com a EDUCAÇÃO.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Aprender ou estudar pra passar?

Infelizmente, tem gente que só dá importância à "educação" nesta época do ano. O educação entre aspas é porque, na verdade, muitos alunos e/ou pais preocupam-se apenas com as notas e com o "passar de ano". Se o ensino no Brasil, via de regra, está numa situação deplorável, do ponto de vista da sua qualidade, muito deve ser creditado à postura que cresce cada vez mais na sociedade de só objetivar o diploma, sem a menor noção da importância nem compromisso com o aprendizado.

Houve época, minha mãe passou por isso, em que era preciso dormir na fila por alguns dias para matricular os filhos na escola pública, devido à falta de vagas; os livros didáticos tinham de ser comprados. Lembro sempre que estudamos lá em casa sem que meu pai comprasse boa parte dos livros. Com muito sacrifício nosso em passar o ano implorando o livro, às vezes ele comprava um ou outro. Ele não fazia muita questão de que estudássemos muito, só o suficiente para não sermos analfabetas, no caso das filhas, e o suficiente para ser taxista no caso do filho. Mas isso é outra coisa, mágoas passadas.

Hoje, em que pese afirmarmos que a educação vai mal, vai mal a qualidade do ensino, as condições de boa parte dos prédios, a não valorização dos profissionais da área. No entanto, vão muito mal também os modos dos alunos, o descuido com o material escolar que hoje recebem, como os livros didáticos, por exemplo, que muitos não se preocupam em devolver ao final do ano, nem tão pouco em cuidar ao longo do ano. Na minha casa procuramos utilizar todo o conteúdo de todos os livros didáticos, que têm uma qualidade de conteúdo muito útil para o percurso educacional dos alunos.

Encaminha-se uma geração de adultos incapazes de ocupar os postos de trabalho no mundo globalizado e cada vez mais tecnológico e competitivo em que vivemos, e muitos desses terão diplomas universitários na base do "passei com a nota mínima necessária", mas que não terão aproveitamento por não terem, de fato, aprendido. E, pior, não terão a capacidade de elaborar e aprender contínuamente, o que é condição primeira para uma colocação.

Estamos desenhando o caos. Estamos - pais que não cuidam da formação dos filhos; e educadores que vemos isso e não fazemos nada. é uma questão social e que trará consequências desastrosas, a seguir nesse rumo, para todos nós.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Véspera do dia da consciência negra.

Hoje, quando eu desci (trabalho no terceiro andar) pra almoçar, topei com um ex-aluno na rua. Ele era apenado do tribunal de justiça e, estudava para prestar concurso. Eu lecionava como parte do meu estágio supervisionado. Foi uma experiência maravilhosa. Embora a maioria dos alunos guardasse uma boa dose de agressividade, ao longo do semestre nos entendemos bem por que tinhamos um objetivo em comum e estabelecemos, de imediato, uma relação de respeito mútuo.

Esse menino que eu encontrei não é muito alto, pois é do meu tamanho, é negro e usa óculos. Fiquei muito feliz em vê-lo por que ele está trabalhando, fazendo faculdade, ainda que particular, mas está conduzindo bem o seu caminho depois de um deslize de adolescente e de uma oportunidade de avançar.

Depois peguei o metrô e fui ao catete. Quando parei numa lanchonete para comprar uma casquinha, um garoto de uns 11 anos me pediu moedas do troco, dizendo que era pra comprar bananadas pra vender. Não dei por que habitualmente não dou dinheiro a crianças na rua. como eu ainda estivesse parada e ele insistia, um rapaz bem vestido deu-lhe umas moedas e me olhou de cara feia, como se eu tivesse obrigação de fazer o que ele fez.

Ponderemos: eram 13h, portanto esse menino deveria estar indo ou chegando da escola, além disso fazia um sol de rachar; onde estava sua mãe (ou quem de direito), que é a responsável por ele? Esmola não tira ninguém da rua, muito ao contrário, os cristaliza lá.

Esse menino também era negro.

Quando é que vamos começar a tratar de fato do conjunto da sociedade, discutindo controle de natalidade VERDADEIRAMENTE, não o SUS dando uma carta pras mulheres marcarem a laqueadura - que nunca tem vaga pra marcar!

Quando é que os pais deixaram de não serem obrigadoa a assumir os filhos que ajudaram a gerar? Quando é que se fará cumprir a lei que determina que todas as crianças estejam nas escolas?

Enquanto isso, pasmo ao perceber que o grande desequilíbrio nessa balança é a mudança da postura das mães, ou seja, estão se aproximando da postura históricamente adotada pelos homens, a negligência.

Não, não estou dizendo que a culpa é da mulher, nem que elas deveriam voltar a serem domésticas, nem deixar de pensar nas próprias carreiras, não é nada disso. O que lamento é que, já que tiveram o filho, não podem esquecer-se de que essa é uma responsabilidade irrevogável.

Amanhã é 20 de novembro.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O APAGÃO DE ONTEM.


O que dizer quando dez estados e um país vizinho ficam sem luz simultâneamente? Graças a Deus que não foi no meio da copa ou de uma olimpíada?

Seja lá qual tenha sido o motivo para o que aconteceu ontem, uma coisa é certa: O SISTEMA DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICO É ALGO ESTRATÉGICO, SERVIÇO ESSENCIAL E INTERFERE EM TUDO NA SOCIEDADE. Portanto, tá na hora de ser todo público e levado a sério, hein governantes!!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O fim do ano letivo se aproxima.

No entanto, para algum aluno da rede estadual que reside perto da minha casa, parece que já acabou. Ontem de manhã, ao passar pela rua indo pra praia, vi um livro de curso profissionalizante do Estado jogado no chão, em frente a uma casa onde reside alguém que tem perfil para fazer aquele tipo de curso que o livro sugeria. Fiquei bastante incomodade por não se tratar de nenhuma criança.

Ao voltar, umas quatro horas mais tarde, encontri um livrinho de poesias de Olavo Bilac, também fornecido pelo Estado, e peguei para averiguar seu estado. Meus filhos tem um desses. Como o livro estivesse inteiro, limpei-o e pedi à minha filha para entregar a uma colega, que estuda em escola particular, com quem estuda aos domingos para a prova do Colégio Pedri II - que ambas farão daqui há dois anos.

Quando eu era criança e fazia o ginásio, antigo nome do ensino fundamental, não tinha livro algum por que o meu pai não comprava. De lá pra cá, além dos governos buscarem a universalização das vagas, hoje os livros didáticos são distribuídos, bem como alguns extras, como obras literárias, atlas e dicionários. Concordo que a qualidade do ensino na maioria das escolas púlicas ainda esteja longe de atender às necessidades do nosso mundo atual, principalmente no que tange ao mercado de trabalho, mas se o povo não aproveita o recurso que tem como vai ser?

Não adianta ficar dizendo que o Estado não investe em educaão, que os professores são mal pagos e tal e coisa. Qual é a cota de sacrifícil que o povo está se propondo? O que as famílias estão, afinal, ensinando aos seus filhos com relação à escola e ao seu futuro?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

DESAFIOS PARA UM NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Faço repercutir aqui o artigo por que gostei e concordo.

Por Cesar Callegari

Uma das mais importantes leis educacionais brasileiras vai chegando ao fim dos seus tempos conhecida por poucos e acompanhada por pouquíssimos. A Lei 10.172, de 9 de janeiro de 2001, instituiu o Plano Nacional de Educação, um robusto e precioso documento contendo bons diagnósticos, muitos objetivos e nada menos que 295 metas relativas aos diferentes níveis, etapas e modalidades da educação nacional. Poucas foram atingidas. Poucas foram alcançadas. Sendo decenal, o atual PNE deverá ser substituído por um novo Plano a ser estabelecido por lei que precisa ser votada pelo Congresso Nacional até o final de 2010. O trabalho de construção do novo plano já começou a partir de iniciativas da Comissão de Educação da Câmara Federal e de um importante documento de subsídios recentemente aprovado pelo Conselho Nacional de Educação.

Como se sabe, a história brasileira é marcada por vários planos: do famoso Plano de Metas de JK ao atual PAC – Plano de Aceleração do Crescimento –, todos pretendendo a mobilização organizada de vontades, capitais, pessoas e populações, recursos financeiros, oportunidades, impondo renúncias, inclusões e exclusões. Todos representando sínteses de contradições e interesses muito bem determinados. Também no setor educacional temos uma história de planos. Já em 1932 o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova deitou as bases do que deveria ser a “alma” de um primeiro plano nacional de educação, que acabou sendo pedido pela Constituição de 1934, mas que jamais foi concluído, atropelado pelo regime ditatorial que se sucedeu. Somente em 1962, a partir da Lei 4.024/61, o Brasil passou a contar com o seu primeiro PNE fixando metas até o final daquela década e que, como acontecera antes, acabou minguando no ambiente autoritário que sobreveio.

O atual PNE, de 2001 deriva de comando da Constituição Federal de 1988. Aliás, ela própria, que sem ser plano, fixou objetivos e metas educacionais com prazo de consecução determinado: 10 anos para se eliminar o analfabetismo e se universalizar o acesso ao ensino fundamental. Objetivos que até hoje não foram alcançados, diga-se de passagem. O PNE de 2001 nasceu como “filho ilegítimo” de um amplo movimento social que terminou sendo frustrado. Porque o que se aprovou como Lei não foi exatamente o produto da vontade e da participação democrática de tantos educadores e militantes brasileiros reunidos no Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, e, depois, no Congresso Nacional de Educação. O projeto finalmente aprovado pelos parlamentares foi aquele elaborado pelo Poder Executivo, incorporando apenas parte das propostas da “sociedade”. Não é um plano ruim, registre-se. O problema maior é que apesar de sua origem governamental, a Lei do PNE sofreu vetos presidenciais mutilantes, como o do artigo que obrigava investimentos de pelo menos 7% do PIB em Educação. O resultado produzido foi um conjunto de metas descoladas de uma base de financiamento. Portanto, uma proposta descomprometedora. Isso talvez ajude a explicar parte da fragilidade do PNE e por que ele jamais tenha se transformado num instrumento de luta política a favor da Educação de Qualidade para Todos. Quem o defendeu? Ninguém. Quando foi tomado como base na construção dos (poucos) planos de educação nacionais (PDE e PAR) estaduais e municipais? Raramente. Pois essa lição deve-se ter agora em conta. É preciso saber que somente terá vida e poderá realizar o seu efetivo potencial aquele Plano que, sendo a vontade de muitos e tendo sido por muitos elaborado, seja, também, por muitos defendido e permanentemente avaliado e legitimado na dinâmica social.

Contudo, o novo Plano Nacional de Educação que já está em gestação poderá nascer com alguns melhoramentos genéticos. Primeiro, porque nos últimos anos a sociedade brasileira parece ter evoluído na conscientização de que Educação com Qualidade é direito a ser cobrado e um dever do Estado, direito que precisa ser realizado sem demora e com esmero diante das exigências cada vez maiores do mercado de trabalho e da vida em sociedade num mundo de intensa globalização da economia e da cultura. Segundo, porque o Brasil hoje dispõe de sistemas mais avançados de financiamento, monitoramento, avaliação e controle social das ações educacionais, o que permite melhor acompanhamento do que vier a ser planejado. Terceiro porque está em curso a preparação da Conferência Nacional de Educação que será realizada em março de 2010 a partir da ampla participação dos diferentes segmentos da sociedade nacional em conferências municipais, regionais e estaduais. O novo PNE tem o dever de incorporar toda essa energia crítica e criativa, por ela se sustentar.

De todo modo, as experiências vividas e os desafios do presente e do futuro permitem tomar como pontos de partida o que o Conselho Nacional de Educação considera os 10 maiores desafios da educação nacional.

1. Extinguir o analfabetismo, até mesmo o analfabetismo funcional, do cenário nacional.

2. Universalizar o atendimento público, gratuito, obrigatório e de qualidade de pré-escola, ensino fundamental de nove anos e ensino médio, além de ampliar significativamente esse atendimento nas creches.

3. Democratizar e expandir a oferta de Educação Superior, sobretudo da educação pública, sem negligenciar os parâmetros de qualidade acadêmica.

4. Expandir a Educação Profissional de modo a atender as demandas produtivas e sociais locais, regionais e nacionais, em consonância com o desenvolvimento sustentável e com a inclusão social.

5. Garantir oportunidades, respeito e atenção educacional às demandas específicas de: estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados na relação idade-escolaridade, indígenas, afrodescendentes, quilombolas e povos do campo.

6. Criar a Escola de Tempo Integral na Educação Básica, com projeto político-pedagógico que melhore a prática educativa, com reflexos na qualidade da aprendizagem e da convivência social.

7. Instaurar o Sistema Nacional de Educação, integrando, por meio da gestão democrática, os Planos de Educação dos diversos entes federados e das instituições de ensino, em regime de colaboração entre a União, Estados, DF e municípios, regulamentando o artigo 211 da Constituição Federal.

8. Ampliar o investimento em educação pública em relação ao PIB, de forma a atingir 10% do PIB até 2014.

9. Estabelecer padrões de qualidade para cada etapa e modalidade da educação, com definição dos insumos necessários à qualidade do ensino, delineando o custo-aluno-qualidade como parâmetro para seu financiamento.

10. Valorizar os profissionais da educação, garantindo formação inicial e continuada, além de salário e carreira compatíveis com sua importância social e com os dos profissionais de outras carreiras equivalentes.

Óbvio, nada disso é novo, mas paradoxalmente, tudo é ainda obra a ser realizada. São idéias gerais que merecem ser discutidas para retomar o debate. Ao final, uma vez elaborado, o mais importante é que o novo Plano Nacional de Educação seja, de fato, uma espécie de “lei de responsabilidade educacional” que contenha dispositivos a partir dos quais todos e cada um sejam efetivamente comprometidos e responsabilizados pela sua implementação.

Outubro de 2009

Cesar Callegari é sociólogo, membro do Conselho Nacional de Educação e presidente do Instituto Brasileiro de sociologia Aplicada-IBSA.

www.cesarcallegari.com.br
Este artigo poderá ser reproduzido desde que citada a sua autoria.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mercedes Sosa retirou-se deste plano.

A cantora argentina Mercedes Sosa, de 74 anos, morreu neste domingo (4) em Buenos Aires, segundo o hospital em que ela estava internada.

Ela morreu em consequência de uma doença hepática complicada por problemas respiratórios.

Sosa foi uma das intérpretes mais conhecidas da música regional latino-americana, e uma das artistas mais famosas na Argentina depois de Carlos Gardel e Astor Piazzolla.

Ela havia sido internada em 18 de setembro, depois de ter sofrido uma complicação renal, mas seu estado piorou nos últimos dias por causa de uma falha cardiorespiratória.

Nascida na cidade de San Miguel de Tucumán em 1935, Sosa teve uma atuação marcante durante a ditadura militar argentina, entre 1976 e 1983 e acabou exilada na Europa.

"La Negra", como ela era conhecida carinhosamente por seu cabelo escuro, foi apontada como "a voz da maioria silenciosa", por sua defesa dos pobres e sua luta pela liberdade. Ela ficou fora de cena por algum tempo anos atrás por um problema de saúde, mas retornou em 2005.

Neste ano, ela lançou um disco em dois volumes denominado "Cantora", em que canta em parceria com artistas como Joan Manuel Serrat, Caetano Veloso e Shakira, razão pela qual estava indicada a três prêmios Grammy Latino.
FONTE - PÁGINA DO TERRA

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

119º aniversário de São Gonçalo

Ontem São Gonçalo comemorou seus 119 anos de existência. Comemorar significa festejar um acontecimento, bem como comemoração significa cerimônia realizada em memória de um acontecimento importante. Então, há alguma incoerência na notícia, na medida em que, em pleno século XXI, mesmo sendo o segundo colégio eleitoral do Estado, este município não possui biblioteca, museu ou teatro como parte dos equipamentos públicos de que poderia dispor. Igrejas, claro, há, aos montes. As demais estruturas necessárias à vida em condições decentes, como coleta de lixo, entrega de correspondências, fornecimento de água e luz, também seixam a desejar, sem falar na educação pública.

Num mundo globalizado há uma pergunta que não quer calar: - que cidadão resulta de um lugar como este?

Lamentavelmente, a resposta vem estampada nos jornais, recheados de notícias de crimes dos mais variados, bem como da ausência de gonçalenses nas grandes realizações, inclusive nas educacionais. e que ninguém venha dizer que uma aluna de São Gonçalo ganhou bolsa para Harward, por que ela não estudou aqui e tal conquista é fruto de seus esforço particular e de seus pais!

Se procurarmos no nosso parlament local, encontraremos o reflexo da vontade popular. Nada de reação às, digamos eufêmicamente, práticas em desacordo com a legalidade e a decência. Claro, há ali uma única exceção, não por acaso um homem oriundo da OAB e incansável lutador pela educação.

PRECISAMOS MUDAR ISSO, CONSTRUIR MOTIVOS PARA COMEMORAR OS 120 ANOS DO MUNICÍPIO NO PRÓXIMO ANO. Assim, sugiro que em 22 de setembro de 2010 estejamos comemorando o aniversário com a inauguração da primeira biblioteca pública em São Gonçalo.

sábado, 8 de agosto de 2009

hoje são 8 de agosto de 2009, mas...

no ano de 1945, dois dias após Hiroshima, a mesma atrocidade atômica foi cometida contra NAGASAKI.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

hoje são 6 de agosto de 2009, mas...

...nesta mesma data, em 1945, um evento terrível foi inaugurado na humanidade: O LANÇAMENTO DA BOMBA SOB HIROSHIMA. E dois dias depois foi em NAGASAKI. (perdoem se escrevo errado os nomes das cidades) Claro, todos nós sabemos disso e, por mais que lamentemos tais fatos, nada poderá desfazê-los.

Por esse motivo, acredito que relembrar, reestudá-los, avaliar suas consequências amplamente, é muito importante, também para que isso nunca mais se repita; inclusive por que a Segunda Guerra Mundial foi uma atrocidade que produziu outros eventos e acontecimentos inéditos e terríveis.

Acho que podemos começar pela forma como nos referimos às guerras mundiais, por exemplo: é comum encontrarmos nos livros ( PRIMEIRA e SEGUNDA) GRANDE GUERRA. Grandes por que? Se queremos falar da abrangência, mundial é a palavra adequada. Além disso, nas guerras a humanidade presenciou o quanto um ser humano pode ser pequeno, mesquinho, covarde, violento e desumano, e isto deve ser ressaltado. Na guerra vemos o que de pior pode haver em nós.

Hoje é um dia para lamentarmos tamanha estupidez.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Hoje seu estou lendo CAMÕES

Uma coisa é preciso dizer com relação à equação homem-sociedade-época: a mudança de ritmo no andamento da vida é, me parece, o que realmente distancia um texto passado do sujeito atual.

Veja a leitura de Os Lusíadas, por exemplo. Não é só o contar de uma história, mas é toda a construção, em parceria com o leitor, dos preâmbulos, motivos e objetivos, depois a construção da própria história a ser contada.

Hoje, por exemplo, as sociedades pós-modernas temos à disposição imagens reais ou ficticiamente construídas ( e impostas ) e vamos perdendo o costume de nos darmos ao trabalho de trabalhar junto com os autores de histórias.

Não que as “facilidades” impostas pelo momento atual estejam trazendo satisfação às pessoas, por que não estão. Muito pelo contrário, constroem-se nos dias atuais pessoas amplamente solitárias, repletas e cercadas de “ parafernália viabilizadora” de comunicação, pois não tem o que comunicar por não terem um quem que queira receber comunicação, no sentido mais amplo da palavra. Sei que está truncado o meu pensamento, exemplificá-lo-ei, portanto.

As pessoas tem minutos para falar em telefones e celulares, cujo uso levam-nas a ganhar mais tempo e daí ligam para dizer: “-liguei para aproveitar os minutos do plano tal e ganhar mais minutos grátis.” O que foi comunicado entre tais escravos dos padrões urgentes?

Mas isso tudo começou por que eu estava lendo Os Lusíadas, um canto à superioridade portuguesa, que se pretendia maior do que tudo antes de si. Me incomoda o fato, do qual não posso fugir, de que é e será sempre uma leitura lenta, exigindo um tempo que no momento não posso dedicar, embora eu queira. O momento atual exige que dedique o meu tempo ao outras prioridades.

Acho, por fim, lamentável que tenhamos aprendido tanto, criado tanta tecnologia, mas não consigam os seres humanos se libertar através do conhecimento que a cultura acumulada permitiria, por falta de tempo.

terça-feira, 30 de junho de 2009

O mundo que está sendo desenhado...

...na verdade, correto seria dizer: OS MUNDOS QUE ESTÃO TENTANDO DESENHAR.

O capitalismo desenha um mercado de trabalho completamente desapegado de garantias, para o trabalhador, que deverá ser súper em tudo mas terá de contentar-se com a felicidade e a qualidade de vida, e não ser mercenário e ficar pensando em ser bem remuneradomensalmente pelo que faz! (Dêem uma olhadinha na matéria de capa da revista GALILEU de Julho, que não é nenhum guru econômico, para verem do que estou falando!)

Há também a crescente preocupação com a viabilidade ambiental da nossa vida, a necessidade da contenção de excessos contra o meio ambiente, sob pena de não podermos mais habitá-lo.

Do ponto de vista dos relacionamentos com os outros seres humanos está a onda políticamente correta...
(texto em construção)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

uma quarta-feira, na rua...

Ontem à noite, por volta de umas 21 horas, eu estava na Av. Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, antiga capital da nação, sede de um reinado um dia, tentando pegar um ônibus pra ir à casa de uma amiga,muito amiga. Havia no ponto muitas pessoas e um homem, que me parecia um morador de rua, pedindo dinheiro pra passagem e mostrando um pacotinho, que afirmava conterem seus documentos. Meu ônibus não passava e fiquei uns bons vinte minutos no ponto. Meu dia tinha sido daqueles!!

A certa altura ele começou a dizer que iria se matar, atirando-se na frente de um ônibus. De fato, dirigiu-se ao centro da avenida e deitou-se no chão. Durante uns 3 minutos os motoristas procuraram desviar dele, mas como era horário de grande movimento, logo foi impossível ignora-lo. Dois motoristas de ônibus pararam e começaram a descer, imagino que para retirá-lo do meio da rua. Não sei, não fiquei para ver o desfecho, me incomodava o fato de eu não poder fazer nada para ajudar.

Uma outra amiga minha, mais nova do que eu, no entanto, muito sábia, costuma dizer – com razão – que nós não somos nada, no sentido de que num instante a nossa vida pode se acabar, as finanças mudarem, a vida desestruturar, enfim, tudo é possível. Habitualmente ela lembra isso quando morre alguém, mas ontem eu fiquei pensando sobre essa condição de fragilidade humana que, curiosamente, fazemos questão de ignorar.

O capitalismo e seus incômodos....

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O andamento do projeto

Essa semana o Wanderley e eu temos ido aos órgãos e entidades que, de alguma forma, estão envolvidos ou podem contribuir com a realização do nosso projeto. A prefeitura de são Gonçalo, como sempre, na inércia permanece.

Acho curioso e lamentável o fato de todos estarem falando em presença do poder público, ocupação social das comunidades pra barras as "paradas erradas", e nós pedindo pelo-amor-de-Deus-nos-ajudem venham ocupar e, nada.

Mas somos insistentes e teimosos, e, verdade seja dita, já andamos uma boa parte do caminho. Não lutamos em vão.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O projeto para a minha comunidade.

Este é o desenho da futura sede da AMOVILE - a Associação de Moradores da Vila Esperança, a minha comunidade.
Nesta construção, à esquerda, teremos espaço para a Associação, uma biblioteca (claro, sendo a minha comunidade!!!), salas pra estudos e cursos.
Em minha vida particular, na educação dos meus filhos e para todos os que querem avançar na vida só vejo uma base: estudar. Nada cai do céu, não há atalhos para a construção de uma existência sólida e duradoura.
Bonito o nosso projeto, né? É para implementá-lo que lutamos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A competição é natural do ser humano?

Não sei responder a isso. Nesta sociedade, eu diria que a competitividade é algo tão esperado como ver as coisas ao abrir os olhos. Não é um mal em si, mas não pode encerrar-se em si.

Começando do começo: esta semana eu postei um conto num site que frequento, o Portal Literal. Eu vinha escrevendo artigos, mas ao ver o anúncio de um concurso de contos, terminei de rascunhar um que já vinha há um certo tempo ruminando. Algo simples e engraçadinho, que nasceu da necessidade de rir das empacações do dia a dia no local de trabalho.

Depois de postá-lo fui avisar pra galera e pedir votos. Por umas horas fiquei vidrada nisso, com a possibilidade do meu conto ser o mais votado. Felizmente o barato dessa droga passou logo e passei a focar no que realmente me interessa quando escrevo: que as pessoas leiam. Senão, o texto morre.

Mas fiquei pensando por que fui acometida pela competitividade tão imediatamente. Daí a pergunta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

CRÔNICA D ELEVADOR

Hoje de manhã, quando entrei no elevador do prédio em que trabalho, na rua Uruguaiana, para ir do 3º ao 14º andar, havia uma mulher sozinha com o dedo no botão para fechar a porta, mesmo sabendo que havia gente para entrar. Pensam que ela cessou ao me ver, e perceber que eu entendi que, a depender dela, o elevador nem teria aberto as portas? Apertou com mais vigor ainda.
Aparentava uns 40 anos, com muta boa vontade no olhar, pele clara, mas um olhar inquieto. Visivelmente apressada.

Então, foi pra isso que estudamos tanto, desenvolvemos tanta tecnologia, aprendemos e inventamos tanta coisa, inclusive sobre o melhor aproveitamento do tempo, por exemplo: pra vivermos como se ninguém mais no mundo importasse a não ser nós mesmos? pra vivermos correndo contra o tempo, como se estivéssemos resolvendo a fome no mundo, encontrando a cura pro câncer e AIDS? Para pisarmos em que está próximo e nos dedicarmos a estranhos que estão no orkut?

Melhor seria, então, não termos evoluído tanto materialmente e mantido o que de mais humano havia em nós.

sábado, 2 de maio de 2009

Repúdio.

Proposta de moção de repúdio.

A plenária do XI Congresso Estadual da FAMERJ, reunida nesta data, repudia veementemente as declarações do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, em março deste ano, que afirmou que o padrasto, suspeito de violentar a enteada de 9 anos, cometeu um pecado gravíssimo, mas, mais grave do que isso foi o aborto resultante de tal ato criminoso.
Além do total desrespeito demonstrado para com a vítima, suas declarações constituem uma agressão e desrespeito a todas as mulheres, em todas as faixas de idade, bem como a todos aqueles e aquelas que tem filhas, mães, esposas e amigas, na medida em que passa a imagem de que essa violência tão brutal contra uma menina seja coisa menor em importância.
Num país em que ainda permanecem altos índices de violência contra a mulher, em que ainda é preciso formar uma mentalidade onde não se admita tal tratamento, onde ainda é preciso construir relações sociais em que impere o respeito, a civilidade, o afeto e companheirismo, sem falar na questão legal, em que estão colocadas como crime tais violências, é preciso combater este tipo de postura em qualquer cidadão, mas principalmente naqueles que ocupam cargos ou funções de visibilidade, inclusive este que lidera os católicos e católicas. Pessoas públicas devem ter responsabilidade com as opiniões que defendem, bem como observar as leis e os direitos dos cidadãos e cidadãs de bem em nossa sociedade.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A única coisa que posso fazer é divulgar.

Reproduzirei, a seguir, um e-mail que me foi enviado por um colega muito estimado, pois é a única coisa que posso fazer pelo meu país.

É revoltante ,ultrajante. Parece obra de ficção.
Essa é a justiça da nossa sociedade. Um braço, Efigenia
A filhinha do Ministro. A filhinha de Min. do STJ é beneficiada numa maracutaia imoral, deixando para trás cerca de 300 candidatos aprovados em concurso. Depois ficam reclamando que os bandidos estão dominando o país. Que bandidos? Glória Maria Lopes Guimarães de Pádua Ribeiro Portella, filha do ministro do STJ Antônio de Pádua Ribeiro, aquela que entrou com queixa de assédio sexual contra o ministro do STJ Paulo Medina, acaba de conseguir uma decisão na justiça federal que é uma imoralidade e um desrespeito sem tamanho ao direito de candidatos a concursos públicos.
O processo é a ação ordinária Nº 1998.34.00.001170-0 classe 1300, que está no Tribunal Regional Federal da 1ª região (http://www.trf1.gov.br/). Autora: Glória M P Ribeiro e Rés: a União Federal e a Fundação Universidade de Brasília. Glória Maria fez concurso público pela Cespe-Unb para o cargo de técnico-judiciário, área-fim em 27/05/95 para o STJ, onde seu pai é ministro. Foi reprovada na prova objetiva. Entrou com uma ação cautelar e, adivinhem, obteve liminar. Fez a prova da segunda fase, a prova discursiva. Foi reprovada novamente. Entrou com nova ação para ver seus pontos aumentados. Adivinhem: ganhou nova liminar e mais: foi "nomeada provisoriamente" e está ganhando esse tempo todo no tribunal do papai (desde 1995!). Detalhe: Havia tirado 13,45 pontos e pediu que esses pontos fossem elevados a 28,22. Parece brincadeira, mas conseguiu. Seus pontos foram elevados num passe de mágica. O caminho das pedras foi arranjar um "professor particular" (isso mesmo!) que corrigiu sua prova, para quem estava tudo mais que certinho, e praticar o tráfico de influência de seu pai ministro, Antônio Pádua Ribeiro. Aí veio o julgamento do mérito do caso. O juiz federal de Brasília (1ª Instância), José Pires da Cunha, não caiu nessa e refutou o pedido, que considerou ilegal e imoral e ainda condenou Glória Maria Pádua Ribeiro, nas custas e honorários de R$10.000,00 (ainda existem juízes!), mas houve recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, adivinhem, os juízes Fagundes de Deus, João Batista e Antônio Ezequiel louvaram a candidata, analisaram tim-tim por tim-tim sua prova e aprovaram-na com louvor! Debalde a Universidade de Brasília (UNB) peticionou dizendo que a prova foi igual para todos e não seria justo que um professor escolhido pela candidata corrigisse sua prova, a não ser que o mesmo professor corrigisse a prova de todos. Não é justo? A UNB argumentou que, pela jurisprudência, o judiciário não corrige provas de concurso, devido à independência das banca e porque senão a Justiça não faria mais nada, a não ser se transformar numa super-banca dos milhares de concursos. Todo mundo sabe o que houve nos bastidores. Houve apostas no meio jurídico se a "banca Pádua Ribeiro" iria conseguir. Veio agora recentemente a sentença do TRF 1ª Região, 5ª Turma, que é mais um descalabro, mostrando a necessidade do controle externo. Pádua Ribeiro e sua patota espoliaram o verdadeiro dono da vaga, que disputou em igualdade de condições e passou. Passou e foi preterido! Glória Maria de Pádua Ribeiro ganhou no tapetão sujo do tráfico de influência. De 13 pontos passar a 28, quando um décimo (veja bem: um décimo) já elimina muitos candidatos! A sentença analisa as preposições, as conjunções, a virgulação, a ortografia da redação, acatando a tese da "banca Pádua Ribeiro". Nem tudo está perdido. Existe recurso para o STJ, e todos esperam que a União Federal, a Advocacia da União e o Ministério Público Federal não fiquem coniventes. Se Glória Maria Pádua Ribeiro perder a causa, perde o cargo e o verdadeiro dono da vaga, pobre mortal sem padrinhos, será chamado. E agora vem a chave de ouro, a deixar claro que este País não é sério mesmo. O mesmo Pádua Ribeiro, ministro do STJ, pai da falcatrua acima relatada e de muitas outras praticadas por sua mulher, a famosa "Glorinha", está prestes a assumir o cargo de Corregedor do Conselho Nacional de Justiça (o chamado controle externo), conforme noticiado nos jornais. Parece gozação!...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Literatura para aprender a história dos povos e construir a nossa.

Podemos dizer que há vários motivos que levam as pessoas a buscar histórias, hoje através dos textos e, em épocas distantes no passado, ouvindo-as dos grios na África ou em praça pública até na Grécia antiga. "Lemos" para nos divertir, para nos distrair, por que a professora mandou, por que queremos passar na prova, para impressionar alguém... Às vezes começamos a ler por obrigação, na escola por exemplo, e acabamos descobrindo muita coisa, principalmente sobre nós mesmos. Este foi o meu processo.

É correto também dizermos que, considerando que as histórias são criadas e contadas por seres humanos como nós, nossa condição comum nos leva a encontrarmos alguma identidade com algo nas histórias. Mesmo não querendo (longe de mim!) limitar a literatura a mera transposição de relatos históricos através dos tempos, a história da humanidade vem sendo escrita, refletida, elaborada e contextada por via literária. E belamente, em muitos casos.

Machado de Assis, por exemplo. É um passeio pela sociedade brasileira do século XIX - pessoas, hipocrisias e lugares - sem perder nada no aspecto inventivo e ficcional. Atualmente temos o premiado José Saramago, para mim um mestre. Estão aí LEVANTADO DO CHÃO e ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA que não me deixam mentir. “Hoje é hoje, amanhã será amanhã, é hoje que tenho a responsabilidade, não amanhã, se estiver cega, Responsabilidade de quê, A responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam.” Fala da mulher do médico, a única personagem que ainda vê em ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA. Diz aí se há ou não identidade comigo e contigo, caro colega leitor!

Saudações.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

MEMORIAL DO CONVENTO - JOSÉ SARAMAGO

Quem não leu Saramago deve ser avisado de que goza de mais paz do que se tivesse o lido. Mesmo assim, eu recomento a leitura. A seguir, os inícios de um trabalho que escrevi, recentemente, sobre a obra. Um esboço, se pensarmos na vastidão de possibilidades deste maravilhoso livro.

Resumo: Devido à vastidão desta obra, tanto do ponto de vista de sua extensão quanto da pluralidade de possibilidades de significados, optamos por fazer análises de partes da obra, tais como a opção pela ausência da metáfora da casa para ilustrar Portugal e a utilização da montagem da maquete da Basílica de São Pedro como metáfora para o formato da história; bem como os significados e estratégias que pudemos observar quanto à linguagem utilizada para rememorar criticamente parte da história daquele pequeno país.

Palavra-chave: Literatura Portuguesa; História portuguesa; Saramago; Metáfora.

MEMORIAL –1. Relato escrito de fatos vividos por alguém. 2. Monumento comemorativo: o Memorial da América Latina. (dicionário). Como trata-se da construção de um edifício, estamos falando de um memorial descritivo, ou seja, do detalhamento daquilo que será construído: as plantas, as medidas de fachada, os arredores, o contexto local. Considerando isso, o título sugere que haverá uma análise dos entornos do referido convento o que, curiosamente, coloca Lisboa como coadjuvante de Mafra, na medida em que o lugar central seja o que sediará o edifício. Temos aqui o que chamaremos de primeira subversão daquilo que convencionamos em sociedade como padrão ou normal, que é o fato da capital de algum lugar ocupar o lugar de destaque. Seguindo esta mesma lógica, a história não terá como personagem central o rei, mas sim um casal de excluídos, Blimunda e Baltasar Sete-Sóis, personagens ficticios através dos quais o autor preenche com estória algumas lacunas da história oficial de Portugal.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Imagem


Esta é uma foto de mim como eu gostaria de andar todos os dias: com casaco. Gosto de andar muito vestida. Curiosamente sou carioca, mas eu era mais feliz com a minha aparência quando morava em São Paulo, onde faz frio praticamente durante o ano inteiro. Essa coisa morena-de-praia não é para mim.
Agora estou estudando para completar a minha formação, e alcançar um nível tal que me permita escolher outro lugar para morar, de preferência mais para o sul do nosso tropical país. Infelizmente, isso ainda levará uns 3 ou 4 anos.
Enquanto isso, o remédio é estudar muito. Esta foto, por falar em estudar, foi tirada no final do ano passado, durante uma confraternização da pós-graduação.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

os resultados da educação...

...divulgados ontem são de assustar a qualquer pessoa que não estivesse prestando atenção ao seu redor, às sucessivas atitudes e omissões que produziram estequadro aterrador. Temos uma escola pública que aprova sem ensinar, consequentemente diplomas que não atestam conhecimento algum. Para os que estão observando também o ensino médio e superior, é gritante a progressão destes efeitos em grande escala. Logo diplomas universitários (principalmente os das instituições particvulares) serão mera figura decorativa, sendo necessário para uma simples recepcionista, por exemplo, pós-graduação.
É preciso primar pela qualidade já, imediatamente. AS MÃES e demais responsáveis pela educação das crianças têm de selevantar: enquanto a maioria delas não se importar em saber qual a diferença entre ser aprovado e aprender, enquanto elas não quizerem que os seus filhos sejam os melhores do mundo, pouco mudará. Elas são,para mim, o motor da transformação. Falo por experiência: aminha mãe NÃO SABE DIFERENCIAR UM A DE UMA BOLA e, no entanto, nunca permitiu que a escola nos passasse menos do que tínhamos direito. Seguindo seu exemplo eu, certa de que meus filhos são os melhores do mundo, sou a mãe do MELHOR ALUNO DA REDE ESTADUA L DO 9º ANO EM 2008, RAFAEL SOUZA MATTOS, atualmente aluno do Colégio Pedro II.
Eu e minha mãe nunca ficamos esperando que alguém fosse melhorar coisa alguma, simplesmente fizemos a nossa parte e incentivamos os nossos filhos a estudar. Não estou aqui falando em mágica, contos de fadas ou facilidades. É de trabalho árduo que estamos falando, senhoras e senhores.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Esta sociedade da imagem.

Houve época em que nem nós mesmos tínhamos o direito de ver nossos corpos nus. Isso não é força de expressão: tomava-se banho, tinham-se filhos e fazia-se sexo com roupas apropriadas para cada ocasião. Para ver corpos nus só mesmo sendo um transgressor dos padrões sociais, um preço muito caro a pagar.

Hoje vivemos num mundo de imagens. Agora mesmo estou ouvindo um conselheiro empresarial falando da importância de manter a aparência impecável, mesmo em tempos de crise. Ou seja, o tempo de propaganda custa "um dinheiro forte", portanto partimos do pressuposto de que esteja sendo usado para tratar dos temas mais importantes, ao menos para quem paga por ele. Sendo assim, olha aí o mundo da imagem outra vez.

Vejamos as obras literárias, que já traziam o mundo das imagens para nós muito antes de haver fotos ou cinema. Esse poder a arte literária ainda mantém. No entanto, é preciso dispor-se a ler e ir ao encontro das possibilidades ali contidas, e é ai que "a porca torce o rabo":
Nesta sociedade baseada na imagem, todos querem aparecer, estar em evidência, independente de para que quantidade de público, e baseado em que conteúdo. Na verdade, parece-me que o conteúdo é o que menos importa.

O que pode surgir de tal meio, senão as pessoas profundas como um pires que temos visto em destaque, salvo raras excessões. Se critico é por que vejo e não concordo com o rumo que este mundo está tomando. No momento a única coisa que posso fazer é dizer que algo vai na direção errada, e são as pessoas, sãop os valores que estão sendo prestigiados nesse momento histórico.

terça-feira, 24 de março de 2009

VER X ENXERGAR



Há coisas na vida às quais somente valorizamos quando perdemos. Alguém imagina a possibilidade de, repentinamente e sem motivo aparente, deixar de enxergar? Deixar de enxergar é deixar de ver? Ver é enxergar?

Parece brincadeira ou trocadilho, né? Mas ao nos debruçarmos sobre essas simples perguntas corremos o sério risco de nunca mais vermos a vida da mesma forma.

Este é o efeito do contato com a obra de José Saramago: O ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, recentemente adaptado para o cinema, numa produção realmente bem realizada e impactante.

A condução da própria vida é algo única e exclusivamente de responsabilidade de cada um. Para avançar, por exemplo, é necessário esforço e dedicação. Para viver em sociedadeé preciso respeitar as pessoas e as regras. Todos temos uma parte nisso. Atualmente, parece que boa parte das pessoas só aprendeu a reivindicar seus direitos, sobretudo num mundo pós-ditaduras. De repente todo mundo quer receber cuidados ou se dar bem. E o compromisso com o avanço, o trabalho, a viabilização econômica de nossas necessidades, a fiscalização dos governantes e parlamentares? onde ficam os nossos deveres nesse momento?

Ao desconstruir a estruturasocial a que estamos acostumados, Saramago nos mergulha em profundas e angustiantes reflexões. Temas que na verdade estão à disposição de nossas mentes diuturnamente, e não queremos ver.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Começar, não importa quando

Sejam todos bem vindos a este blog. Ainda não sei bem o que aparecerá aqui, mas estar vivo é assim: encarar dia por dia, um de cada vez.

Bons começos para todos!!!!