Quem não leu Saramago deve ser avisado de que goza de mais paz do que se tivesse o lido. Mesmo assim, eu recomento a leitura. A seguir, os inícios de um trabalho que escrevi, recentemente, sobre a obra. Um esboço, se pensarmos na vastidão de possibilidades deste maravilhoso livro.
Resumo: Devido à vastidão desta obra, tanto do ponto de vista de sua extensão quanto da pluralidade de possibilidades de significados, optamos por fazer análises de partes da obra, tais como a opção pela ausência da metáfora da casa para ilustrar Portugal e a utilização da montagem da maquete da Basílica de São Pedro como metáfora para o formato da história; bem como os significados e estratégias que pudemos observar quanto à linguagem utilizada para rememorar criticamente parte da história daquele pequeno país.
Palavra-chave: Literatura Portuguesa; História portuguesa; Saramago; Metáfora.
MEMORIAL –1. Relato escrito de fatos vividos por alguém. 2. Monumento comemorativo: o Memorial da América Latina. (dicionário). Como trata-se da construção de um edifício, estamos falando de um memorial descritivo, ou seja, do detalhamento daquilo que será construído: as plantas, as medidas de fachada, os arredores, o contexto local. Considerando isso, o título sugere que haverá uma análise dos entornos do referido convento o que, curiosamente, coloca Lisboa como coadjuvante de Mafra, na medida em que o lugar central seja o que sediará o edifício. Temos aqui o que chamaremos de primeira subversão daquilo que convencionamos em sociedade como padrão ou normal, que é o fato da capital de algum lugar ocupar o lugar de destaque. Seguindo esta mesma lógica, a história não terá como personagem central o rei, mas sim um casal de excluídos, Blimunda e Baltasar Sete-Sóis, personagens ficticios através dos quais o autor preenche com estória algumas lacunas da história oficial de Portugal.
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Há um ano
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