Poeta do testemunho... da problematização da sociedade...e de belíssimos escritos.

Poeta do testemunho... da problematização da sociedade...e de belíssimos escritos.
Jorge de Sena (1919-1978)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A única coisa que posso fazer é divulgar.

Reproduzirei, a seguir, um e-mail que me foi enviado por um colega muito estimado, pois é a única coisa que posso fazer pelo meu país.

É revoltante ,ultrajante. Parece obra de ficção.
Essa é a justiça da nossa sociedade. Um braço, Efigenia
A filhinha do Ministro. A filhinha de Min. do STJ é beneficiada numa maracutaia imoral, deixando para trás cerca de 300 candidatos aprovados em concurso. Depois ficam reclamando que os bandidos estão dominando o país. Que bandidos? Glória Maria Lopes Guimarães de Pádua Ribeiro Portella, filha do ministro do STJ Antônio de Pádua Ribeiro, aquela que entrou com queixa de assédio sexual contra o ministro do STJ Paulo Medina, acaba de conseguir uma decisão na justiça federal que é uma imoralidade e um desrespeito sem tamanho ao direito de candidatos a concursos públicos.
O processo é a ação ordinária Nº 1998.34.00.001170-0 classe 1300, que está no Tribunal Regional Federal da 1ª região (http://www.trf1.gov.br/). Autora: Glória M P Ribeiro e Rés: a União Federal e a Fundação Universidade de Brasília. Glória Maria fez concurso público pela Cespe-Unb para o cargo de técnico-judiciário, área-fim em 27/05/95 para o STJ, onde seu pai é ministro. Foi reprovada na prova objetiva. Entrou com uma ação cautelar e, adivinhem, obteve liminar. Fez a prova da segunda fase, a prova discursiva. Foi reprovada novamente. Entrou com nova ação para ver seus pontos aumentados. Adivinhem: ganhou nova liminar e mais: foi "nomeada provisoriamente" e está ganhando esse tempo todo no tribunal do papai (desde 1995!). Detalhe: Havia tirado 13,45 pontos e pediu que esses pontos fossem elevados a 28,22. Parece brincadeira, mas conseguiu. Seus pontos foram elevados num passe de mágica. O caminho das pedras foi arranjar um "professor particular" (isso mesmo!) que corrigiu sua prova, para quem estava tudo mais que certinho, e praticar o tráfico de influência de seu pai ministro, Antônio Pádua Ribeiro. Aí veio o julgamento do mérito do caso. O juiz federal de Brasília (1ª Instância), José Pires da Cunha, não caiu nessa e refutou o pedido, que considerou ilegal e imoral e ainda condenou Glória Maria Pádua Ribeiro, nas custas e honorários de R$10.000,00 (ainda existem juízes!), mas houve recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, adivinhem, os juízes Fagundes de Deus, João Batista e Antônio Ezequiel louvaram a candidata, analisaram tim-tim por tim-tim sua prova e aprovaram-na com louvor! Debalde a Universidade de Brasília (UNB) peticionou dizendo que a prova foi igual para todos e não seria justo que um professor escolhido pela candidata corrigisse sua prova, a não ser que o mesmo professor corrigisse a prova de todos. Não é justo? A UNB argumentou que, pela jurisprudência, o judiciário não corrige provas de concurso, devido à independência das banca e porque senão a Justiça não faria mais nada, a não ser se transformar numa super-banca dos milhares de concursos. Todo mundo sabe o que houve nos bastidores. Houve apostas no meio jurídico se a "banca Pádua Ribeiro" iria conseguir. Veio agora recentemente a sentença do TRF 1ª Região, 5ª Turma, que é mais um descalabro, mostrando a necessidade do controle externo. Pádua Ribeiro e sua patota espoliaram o verdadeiro dono da vaga, que disputou em igualdade de condições e passou. Passou e foi preterido! Glória Maria de Pádua Ribeiro ganhou no tapetão sujo do tráfico de influência. De 13 pontos passar a 28, quando um décimo (veja bem: um décimo) já elimina muitos candidatos! A sentença analisa as preposições, as conjunções, a virgulação, a ortografia da redação, acatando a tese da "banca Pádua Ribeiro". Nem tudo está perdido. Existe recurso para o STJ, e todos esperam que a União Federal, a Advocacia da União e o Ministério Público Federal não fiquem coniventes. Se Glória Maria Pádua Ribeiro perder a causa, perde o cargo e o verdadeiro dono da vaga, pobre mortal sem padrinhos, será chamado. E agora vem a chave de ouro, a deixar claro que este País não é sério mesmo. O mesmo Pádua Ribeiro, ministro do STJ, pai da falcatrua acima relatada e de muitas outras praticadas por sua mulher, a famosa "Glorinha", está prestes a assumir o cargo de Corregedor do Conselho Nacional de Justiça (o chamado controle externo), conforme noticiado nos jornais. Parece gozação!...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Literatura para aprender a história dos povos e construir a nossa.

Podemos dizer que há vários motivos que levam as pessoas a buscar histórias, hoje através dos textos e, em épocas distantes no passado, ouvindo-as dos grios na África ou em praça pública até na Grécia antiga. "Lemos" para nos divertir, para nos distrair, por que a professora mandou, por que queremos passar na prova, para impressionar alguém... Às vezes começamos a ler por obrigação, na escola por exemplo, e acabamos descobrindo muita coisa, principalmente sobre nós mesmos. Este foi o meu processo.

É correto também dizermos que, considerando que as histórias são criadas e contadas por seres humanos como nós, nossa condição comum nos leva a encontrarmos alguma identidade com algo nas histórias. Mesmo não querendo (longe de mim!) limitar a literatura a mera transposição de relatos históricos através dos tempos, a história da humanidade vem sendo escrita, refletida, elaborada e contextada por via literária. E belamente, em muitos casos.

Machado de Assis, por exemplo. É um passeio pela sociedade brasileira do século XIX - pessoas, hipocrisias e lugares - sem perder nada no aspecto inventivo e ficcional. Atualmente temos o premiado José Saramago, para mim um mestre. Estão aí LEVANTADO DO CHÃO e ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA que não me deixam mentir. “Hoje é hoje, amanhã será amanhã, é hoje que tenho a responsabilidade, não amanhã, se estiver cega, Responsabilidade de quê, A responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam.” Fala da mulher do médico, a única personagem que ainda vê em ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA. Diz aí se há ou não identidade comigo e contigo, caro colega leitor!

Saudações.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

MEMORIAL DO CONVENTO - JOSÉ SARAMAGO

Quem não leu Saramago deve ser avisado de que goza de mais paz do que se tivesse o lido. Mesmo assim, eu recomento a leitura. A seguir, os inícios de um trabalho que escrevi, recentemente, sobre a obra. Um esboço, se pensarmos na vastidão de possibilidades deste maravilhoso livro.

Resumo: Devido à vastidão desta obra, tanto do ponto de vista de sua extensão quanto da pluralidade de possibilidades de significados, optamos por fazer análises de partes da obra, tais como a opção pela ausência da metáfora da casa para ilustrar Portugal e a utilização da montagem da maquete da Basílica de São Pedro como metáfora para o formato da história; bem como os significados e estratégias que pudemos observar quanto à linguagem utilizada para rememorar criticamente parte da história daquele pequeno país.

Palavra-chave: Literatura Portuguesa; História portuguesa; Saramago; Metáfora.

MEMORIAL –1. Relato escrito de fatos vividos por alguém. 2. Monumento comemorativo: o Memorial da América Latina. (dicionário). Como trata-se da construção de um edifício, estamos falando de um memorial descritivo, ou seja, do detalhamento daquilo que será construído: as plantas, as medidas de fachada, os arredores, o contexto local. Considerando isso, o título sugere que haverá uma análise dos entornos do referido convento o que, curiosamente, coloca Lisboa como coadjuvante de Mafra, na medida em que o lugar central seja o que sediará o edifício. Temos aqui o que chamaremos de primeira subversão daquilo que convencionamos em sociedade como padrão ou normal, que é o fato da capital de algum lugar ocupar o lugar de destaque. Seguindo esta mesma lógica, a história não terá como personagem central o rei, mas sim um casal de excluídos, Blimunda e Baltasar Sete-Sóis, personagens ficticios através dos quais o autor preenche com estória algumas lacunas da história oficial de Portugal.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Imagem


Esta é uma foto de mim como eu gostaria de andar todos os dias: com casaco. Gosto de andar muito vestida. Curiosamente sou carioca, mas eu era mais feliz com a minha aparência quando morava em São Paulo, onde faz frio praticamente durante o ano inteiro. Essa coisa morena-de-praia não é para mim.
Agora estou estudando para completar a minha formação, e alcançar um nível tal que me permita escolher outro lugar para morar, de preferência mais para o sul do nosso tropical país. Infelizmente, isso ainda levará uns 3 ou 4 anos.
Enquanto isso, o remédio é estudar muito. Esta foto, por falar em estudar, foi tirada no final do ano passado, durante uma confraternização da pós-graduação.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

os resultados da educação...

...divulgados ontem são de assustar a qualquer pessoa que não estivesse prestando atenção ao seu redor, às sucessivas atitudes e omissões que produziram estequadro aterrador. Temos uma escola pública que aprova sem ensinar, consequentemente diplomas que não atestam conhecimento algum. Para os que estão observando também o ensino médio e superior, é gritante a progressão destes efeitos em grande escala. Logo diplomas universitários (principalmente os das instituições particvulares) serão mera figura decorativa, sendo necessário para uma simples recepcionista, por exemplo, pós-graduação.
É preciso primar pela qualidade já, imediatamente. AS MÃES e demais responsáveis pela educação das crianças têm de selevantar: enquanto a maioria delas não se importar em saber qual a diferença entre ser aprovado e aprender, enquanto elas não quizerem que os seus filhos sejam os melhores do mundo, pouco mudará. Elas são,para mim, o motor da transformação. Falo por experiência: aminha mãe NÃO SABE DIFERENCIAR UM A DE UMA BOLA e, no entanto, nunca permitiu que a escola nos passasse menos do que tínhamos direito. Seguindo seu exemplo eu, certa de que meus filhos são os melhores do mundo, sou a mãe do MELHOR ALUNO DA REDE ESTADUA L DO 9º ANO EM 2008, RAFAEL SOUZA MATTOS, atualmente aluno do Colégio Pedro II.
Eu e minha mãe nunca ficamos esperando que alguém fosse melhorar coisa alguma, simplesmente fizemos a nossa parte e incentivamos os nossos filhos a estudar. Não estou aqui falando em mágica, contos de fadas ou facilidades. É de trabalho árduo que estamos falando, senhoras e senhores.