Poeta do testemunho... da problematização da sociedade...e de belíssimos escritos.

Poeta do testemunho... da problematização da sociedade...e de belíssimos escritos.
Jorge de Sena (1919-1978)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O projeto para a minha comunidade.

Este é o desenho da futura sede da AMOVILE - a Associação de Moradores da Vila Esperança, a minha comunidade.
Nesta construção, à esquerda, teremos espaço para a Associação, uma biblioteca (claro, sendo a minha comunidade!!!), salas pra estudos e cursos.
Em minha vida particular, na educação dos meus filhos e para todos os que querem avançar na vida só vejo uma base: estudar. Nada cai do céu, não há atalhos para a construção de uma existência sólida e duradoura.
Bonito o nosso projeto, né? É para implementá-lo que lutamos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A competição é natural do ser humano?

Não sei responder a isso. Nesta sociedade, eu diria que a competitividade é algo tão esperado como ver as coisas ao abrir os olhos. Não é um mal em si, mas não pode encerrar-se em si.

Começando do começo: esta semana eu postei um conto num site que frequento, o Portal Literal. Eu vinha escrevendo artigos, mas ao ver o anúncio de um concurso de contos, terminei de rascunhar um que já vinha há um certo tempo ruminando. Algo simples e engraçadinho, que nasceu da necessidade de rir das empacações do dia a dia no local de trabalho.

Depois de postá-lo fui avisar pra galera e pedir votos. Por umas horas fiquei vidrada nisso, com a possibilidade do meu conto ser o mais votado. Felizmente o barato dessa droga passou logo e passei a focar no que realmente me interessa quando escrevo: que as pessoas leiam. Senão, o texto morre.

Mas fiquei pensando por que fui acometida pela competitividade tão imediatamente. Daí a pergunta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

CRÔNICA D ELEVADOR

Hoje de manhã, quando entrei no elevador do prédio em que trabalho, na rua Uruguaiana, para ir do 3º ao 14º andar, havia uma mulher sozinha com o dedo no botão para fechar a porta, mesmo sabendo que havia gente para entrar. Pensam que ela cessou ao me ver, e perceber que eu entendi que, a depender dela, o elevador nem teria aberto as portas? Apertou com mais vigor ainda.
Aparentava uns 40 anos, com muta boa vontade no olhar, pele clara, mas um olhar inquieto. Visivelmente apressada.

Então, foi pra isso que estudamos tanto, desenvolvemos tanta tecnologia, aprendemos e inventamos tanta coisa, inclusive sobre o melhor aproveitamento do tempo, por exemplo: pra vivermos como se ninguém mais no mundo importasse a não ser nós mesmos? pra vivermos correndo contra o tempo, como se estivéssemos resolvendo a fome no mundo, encontrando a cura pro câncer e AIDS? Para pisarmos em que está próximo e nos dedicarmos a estranhos que estão no orkut?

Melhor seria, então, não termos evoluído tanto materialmente e mantido o que de mais humano havia em nós.

sábado, 2 de maio de 2009

Repúdio.

Proposta de moção de repúdio.

A plenária do XI Congresso Estadual da FAMERJ, reunida nesta data, repudia veementemente as declarações do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, em março deste ano, que afirmou que o padrasto, suspeito de violentar a enteada de 9 anos, cometeu um pecado gravíssimo, mas, mais grave do que isso foi o aborto resultante de tal ato criminoso.
Além do total desrespeito demonstrado para com a vítima, suas declarações constituem uma agressão e desrespeito a todas as mulheres, em todas as faixas de idade, bem como a todos aqueles e aquelas que tem filhas, mães, esposas e amigas, na medida em que passa a imagem de que essa violência tão brutal contra uma menina seja coisa menor em importância.
Num país em que ainda permanecem altos índices de violência contra a mulher, em que ainda é preciso formar uma mentalidade onde não se admita tal tratamento, onde ainda é preciso construir relações sociais em que impere o respeito, a civilidade, o afeto e companheirismo, sem falar na questão legal, em que estão colocadas como crime tais violências, é preciso combater este tipo de postura em qualquer cidadão, mas principalmente naqueles que ocupam cargos ou funções de visibilidade, inclusive este que lidera os católicos e católicas. Pessoas públicas devem ter responsabilidade com as opiniões que defendem, bem como observar as leis e os direitos dos cidadãos e cidadãs de bem em nossa sociedade.