Trabalhar no capitalismo é uma tarefa ingrata, diversamente ingrata. Fico sempre pensando como um homem como o Jorge de Sena, que via tudo e a nada se furtava, "tudo que é humano me interessa" escreveu ele, deve ter sofrido ao longo de sua vida. Os dias em que eu mais penso nisso são quando os meus sofrimentos são maiores do que o habitual.
Nesses dias, é como se eu perdesse parte da minha humanidade, porque parece-me que tudo irá perecer, que não haverá bom caminho, que estou descendo os circulos infernais de Dante, como se eu fosse a personagem de O PROCESSO - de Kafka, que foi preso e nunca descobriu sequer a acusação. Angústia.
Então, como no poema de Drummond, a aurora vem surgindo após longa noite, anunciando o sol que nascerá, iluminando o céu do novo mundo que é o novo dia para a vida ser renovada. A aurora começou, para mim, ontem, na aula do Maffei, e o sol ficou a pino hoje, porque você, meu amor, ligou.
Que venha o barqueiro!
Hello from Agius.Cloud to the World!
Há um ano