Poeta do testemunho... da problematização da sociedade...e de belíssimos escritos.

Poeta do testemunho... da problematização da sociedade...e de belíssimos escritos.
Jorge de Sena (1919-1978)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

E EU, QUE DIFERENÇA FAÇO? PRA QUEM?

Considerando que eu estudo JORGE DE SENA e, frequentemente, me lembro porque leio, e leio sempre, SARAMAGO, esses dois grandes portugueses que pensaram o nosso mundo, o que estou fazendo do que seria a minha parte fazer?
Começo a pensar que será cada vez mais difícil se construir uma sociedade socialista, na medida em que as pessoas são cada vez mais individualistas e egoístas, cada vez mais os pobres e despossuídos não almejam o fim da pobreza ou da desigualdade, somente a elevação da sua condição financeira.

Mas, e o que eu estou fazendo aqui?

sábado, 18 de junho de 2011

1 ano de falecimento de José Saramago.


O título não é criativo propositadamente por que não é exatamente uma comemoração, mas uma lembrança. Numa sexta, uma ano atrás, ele deixava esta vida em que já estava há quase 90 anos. Eu ainda acho que, para alguém como ele, foi pouco tempo, mas o tempo é pouco pra todos nós e ele não gostaria de ter privilégios, certamente que não.

Amo o que ele escreveu, não poque seja divertido ou me distraia, mas pelo que diz quando me leva a pensar depois de lê-lo. De certo modo, é por isso também que amo o Jorge de Sena. Acabo de perceber uma semelhança (besta, eu admito) entre os dois, além do fato de já terem partido e serem escritores: JOSE/JORGE SARAMAGO/SENA. J. S.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

??Para onde este mundo caminha???

Me pergunto, cada vez mais, em que medida estamos caminhando em direção a uma nova Guerra Mundial, considerando que os interesses mercantis e capitalistas não comportam paz ou solução pacífica de divergências, até porque guerra é também um tipo de negócio, um nicho de mercado com produtos e sub-produtos a serem explorados sem fronteiras.

O mundo, ou e principalmente seus habitantes, ainda sofre com mazelas para as quais o desenvolvimento científico e tecnológico já permitem solução. No entanto, soluções não geram produto a ser vendido, problemas sim.

Adoraria poder acreditar que tenho direitos e escolhas, mas já saí da caverna faz um certo tempo, o que não lamento, só constato que conhecer dói e pesa.

Talvez, mais do que nunca, haja necessidade de pararmos - o que significa alguma retirada da cena da vida cotidiana - para olhar detidamente nossa história, confrontando autores e posições, e não vivermos ao sabor das correntes do consumo de tudo o que o sistema deseja e necessita que consumamos: produtos, serviços e sonhos fabricados, já que sonhos não são e não podem ser comerciáveis, nem tornados objetos passíveis de serem vendidos nem comprados.

Lembro-me de um filme que ilustra isso o que digo: EQUILIBRIUM, de 2002. A humanidade vive sob controle principalmente através do consumo diário de uma substância que tolhe a capacidade de sentir. No momento em que se deixa de tomar uma das doses diárias, um simples nascer do sol é suficiente para despertar novamente a humanidade no homem.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

4 de junho de 1978.

Esta foi a data em que encerrou-se esta encarnação de JORGE DE SENA, 33 anos atrás, portanto. Sua obra está, me parece, cada vez mais sendo lida e estudada.
Não posso deixar de comentar esse hábito que as pessoas tem de esperar que se morra para dar valor à existência de alguém.