segunda-feira, 30 de março de 2009
Esta sociedade da imagem.
Hoje vivemos num mundo de imagens. Agora mesmo estou ouvindo um conselheiro empresarial falando da importância de manter a aparência impecável, mesmo em tempos de crise. Ou seja, o tempo de propaganda custa "um dinheiro forte", portanto partimos do pressuposto de que esteja sendo usado para tratar dos temas mais importantes, ao menos para quem paga por ele. Sendo assim, olha aí o mundo da imagem outra vez.
Vejamos as obras literárias, que já traziam o mundo das imagens para nós muito antes de haver fotos ou cinema. Esse poder a arte literária ainda mantém. No entanto, é preciso dispor-se a ler e ir ao encontro das possibilidades ali contidas, e é ai que "a porca torce o rabo":
Nesta sociedade baseada na imagem, todos querem aparecer, estar em evidência, independente de para que quantidade de público, e baseado em que conteúdo. Na verdade, parece-me que o conteúdo é o que menos importa.
O que pode surgir de tal meio, senão as pessoas profundas como um pires que temos visto em destaque, salvo raras excessões. Se critico é por que vejo e não concordo com o rumo que este mundo está tomando. No momento a única coisa que posso fazer é dizer que algo vai na direção errada, e são as pessoas, sãop os valores que estão sendo prestigiados nesse momento histórico.
terça-feira, 24 de março de 2009
VER X ENXERGAR
Há coisas na vida às quais somente valorizamos quando perdemos. Alguém imagina a possibilidade de, repentinamente e sem motivo aparente, deixar de enxergar? Deixar de enxergar é deixar de ver? Ver é enxergar?
Parece brincadeira ou trocadilho, né? Mas ao nos debruçarmos sobre essas simples perguntas corremos o sério risco de nunca mais vermos a vida da mesma forma.
Este é o efeito do contato com a obra de José Saramago: O ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, recentemente adaptado para o cinema, numa produção realmente bem realizada e impactante.
A condução da própria vida é algo única e exclusivamente de responsabilidade de cada um. Para avançar, por exemplo, é necessário esforço e dedicação. Para viver em sociedadeé preciso respeitar as pessoas e as regras. Todos temos uma parte nisso. Atualmente, parece que boa parte das pessoas só aprendeu a reivindicar seus direitos, sobretudo num mundo pós-ditaduras. De repente todo mundo quer receber cuidados ou se dar bem. E o compromisso com o avanço, o trabalho, a viabilização econômica de nossas necessidades, a fiscalização dos governantes e parlamentares? onde ficam os nossos deveres nesse momento?
Ao desconstruir a estruturasocial a que estamos acostumados, Saramago nos mergulha em profundas e angustiantes reflexões. Temas que na verdade estão à disposição de nossas mentes diuturnamente, e não queremos ver.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Começar, não importa quando
Bons começos para todos!!!!